Residência

Como funciona a residência médica?

Como funciona a residência médica

Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), em 2020 o Brasil já contava com mais de meio milhão de médicos. Em comparação com a quantidade de profissionais 20 anos antes, o número mais do que dobrou.

Essa nova realidade é boa para a população brasileira, mas não vem sem desafios, os principais deles enfrentados pelos médicos. A formação não é uma jornada fácil, exigindo anos de estudos e prática, a fim de oferecer excelência em cuidados com a saúde.

Dentre o tempo de dedicação exigido de um profissional da medicina está aquele passado na residência médica. Uma etapa importante da formação de todos que trabalham com saúde, é nela que os futuros especialistas aprofundam conhecimentos primordiais.

Aqui no blog do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM) criamos uma série de conteúdos sobre esta etapa da especialização e neste artigo vamos explicar como funciona a residência médica. Leia com atenção para que você tenha segurança para seguir o próximo passo em sua carreira!

O que é a residência médica?

A residência médica é uma etapa secundária na formação de um profissional com diploma em medicina. Ela acontece após a conclusão do curso em uma instituição de ensino superior e existe de forma não-obrigatória, mas é uma pós-graduação muito buscada pelos graduados.

Um médico formado que não realize residência médica poderá atuar “somente” como clínico-geral. Nesse sentido, a etapa funciona com papel semelhante a uma pós-graduação acadêmica e serve como prática cotidiana de uma especialização.

Para que você compreenda como funciona a residência médica, durante esta etapa, o profissional recebe um salário chamado de “bolsa-auxílio” e possui todos os direitos trabalhistas garantidos. Além disso, ele atua em regime de dedicação exclusiva, o que significa que não pode fazer plantões externos.

O período de duração de uma residência médica varia entre 2 e 5 anos, dependendo da especialização e da instituição na qual se está atuando. Após esse tempo, o profissional receberá a titulação adequada pelos conhecimentos aprendidos e serviço prestado.

Como fazer uma residência médica?

Ingressar em uma residência médica requer a inscrição em um processo seletivo disponibilizado por diferentes instituições pelo país (como hospitais e clínicas). Este recrutamento, como qualquer outro, possui datas, pré-requisitos e uma taxa de inscrição.

Antes da inscrição, é possível conferir qual a especialização oferecida pela residência médica, qual o valor da bolsa-auxílio, qual é o calendário dos exames, se existe algum requisito adicional além do diploma médico e qual é o valor cobrado para participar da seleção.

Os pré-requisitos variam de acordo com o tipo de especialização, com algumas como a Cardiologia, a Geriatria e áreas cirúrgicas exigindo experiências prévias. Em outras, só é preciso ter o diploma em medicina emitido por uma instituição de ensino reconhecida pelo MEC.

Após a realização da inscrição, o candidato deverá passar em um exame teórico. A prova da residência médica cobra conhecimentos aprendidos durante a formação acadêmica. Na maioria das vezes, são apresentadas questões de múltipla escolha, raramente contando com as dissertativas.

Como funciona a residência médica na prática?

A principal função de um residente médico é prestar serviços em uma instituição (como um hospital) sob a supervisão de profissionais experientes. Os trabalhos cotidianos exercidos variam de acordo com a especialização na qual se está atuando.

Como funciona a residência médica neste caso? O aprendiz fará trabalhos como atendimento a pacientes emergenciais, acompanhamento de internações e eventuais substituições de especialistas. A ideia é que ele aprenda de maneira prática, sendo sempre observado por médicos qualificados.

A jornada de um médico residente costuma ser de 60 horas semanais, com plantões diários (incluindo pelo menos um noturno) de 12 horas. Todas as normas para a atuação profissional são regidas de maneira zelosa pelo CRM e outros órgãos públicos competentes.

O objetivo final, naturalmente, é aprender a exercer a profissão no cotidiano, de maneira prática. Tão importante quanto os conhecimentos sobre a especialização, o contato direto com pacientes proporcionado pela residência oferece ensinamentos valiosos ao médico.

Outras informações importantes sobre a residência médica

A residência médica surgiu em 1889, nos Estados Unidos. No Brasil, ela chegou em 1945, no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Apesar disso, o reconhecimento pleno como pós-graduação veio por decreto somente em 1977.

No Brasil, a residência médica está disponível em todas as especialidades da profissão. Como citado anteriormente, os pré-requisitos para a inscrição variam. O mesmo vale para a duração, a qual costuma seguir a complexidade dos ensinamentos e práticas da área.

A prova para uma vaga de residência médica é notoriamente concorrida, o que exige que candidatos se dediquem aos estudos. Como outros exames similares, existem cursos preparatórios que auxiliam aqueles que querem iniciar essa etapa da sua formação.

Inclusive, nós do CDM reunimos profissionais experientes das mais variadas áreas para elaborar um dos mais completos cursos preparatórios para residência médica do Brasil. Invista agora em seu futuro profissional!

A bolsa-auxílio de um residente médico é de R$ 4.106,90, valor estabelecido por portaria interministerial dos ministérios da Educação e da Saúde. Outros aspectos da atuação profissional de um residente são regidos pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Apesar do caráter opcional da residência médica, ela faz parte do “padrão ouro” da formação de um profissional da área da saúde, o que aponta sua importância. O caminho não é fácil, mas aqueles que o trilham chegam ao destino final como profissionais mais qualificados.

Conseguiu compreender como funciona a residência médica? Se ainda restarem dúvidas, entre em contato com a nossa equipe pelas redes sociais e nós vamos orientá-lo.

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