Capacitação

Quais são os 4 tipos de hipersensibilidade?

Quais são os 4 tipos de hipersensibilidade

Nenhuma pessoa é igual a outra do ponto de vista biológico, o que torna necessário conhecer aspectos variados da saúde humana a fim de oferecer cuidados personalizados para cada paciente. Neste sentido, é muito importante saber quais são os 4 tipos de hipersensibilidade.

Dentro da imunologia, alguns dos principais pontos de estudo são as reações do corpo nas tentativas de se defender. Diferentes fatores podem ativar respostas biológicas variadas. De modo geral, elas são positivas, mas o que acontece quando esse não é o caso?

Ou seja, o que acontece quando, na tentativa de se defender, o corpo acaba se prejudicando? Diante deste questionamento, vamos falar um pouco sobre os 4 principais tipos de hipersensibilidade, suas causas e possíveis tratamentos.

Este é um conteúdo especial criado pela redação do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM). Boa leitura!

Leia aqui: Quais são as síndromes hipertensivas da gestação?

Entenda o que é hipersensibilidade

Antes de falar quais são os 4 tipos de hipersensibilidade, é bom entender melhor o que significa esse termo.

O sistema imunológico humano é extremamente eficiente, sendo capaz de nos livrar das mais variadas ameaças. Ter uma boa imunização significa que estaremos menos suscetíveis a agentes infecciosos externos, como vírus, bactérias e fungos.

A hipersensibilidade ocorre quando a reação imunológica de um organismo é excessiva, causando prejuízos a si mesmo. A linha entre afetar os agentes nocivos e o próprio corpo é tênue, e nas pessoas que possuem essa condição, ela é ultrapassada.

Hipersensibilidade pode causar uma série de danos graves ao paciente. Dessa forma, a condição é considerada um distúrbio e deve ser tratada adequadamente.

A maneira como isso é feito varia de acordo com o caso e o tipo de hipersensibilidade existente.

Quais são os 4 tipos de hipersensibilidade?

A Imunologia trabalha com quatro principais tipos, classificados de I a IV. Esta categorização leva em conta a maneira como o sistema imunológico reage, estando muitas vezes associado com comorbidades pré-existentes ou adquiridas.

Tipo I: Hipersensibilidade anafilática

Para começar a entender quais são os 4 tipos de hipersensibilidade, vamos falar da anafilática.

Também chamada de hipersensibilidade imediata, ela funciona exatamente como o seu nome alternativo sugere.

Nesse tipo, a reação acontece poucos minutos após o contato da pessoa com o organismo estranho responsável por desencadeá-la (chamado de antígeno).

A rinite alérgica é o exemplo mais comum de hipersensibilidade anafilática, atingindo uma enorme parcela da população mundial. Outros tipos são a asma e a dermatite. Nessas doenças, o tratamento costuma ser simples.

Porém, embora a hipersensibilidade anafilática seja um tipo fácil de ser diagnosticada, as consequências variam bastante.

Enquanto alguns pacientes apresentam apenas sintomas inconvenientes (como coceira na pele e nos olhos), outros podem ter consequências fatais (como as que afetam as vias respiratórias, por exemplo).

Tipo II: Hipersensibilidade Citotóxica

Dando continuidade na lista, para conhecer quais são os 4 tipos de hipersensibilidade,  saiba que a de Tipo II (ou dependente de anticorpo) é comumente observada em doenças autoimunes, anemias, incompatibilidade sanguínea, entre outras.

Por conta disso, ela apresenta um nível de complexidade mais elevado que o Tipo I.

Seu nome vem de “citotoxicidade”, que é quando substâncias reagem nocivamente em relação às células.

As reações envolvidas são bem mais complexas do que sua definição, mas ela dá uma boa ideia de como funciona para que possa ser diagnosticada.

Nesse tipo de hipersensibilidade, o corpo reage a processos internos (embora fatores externos também possam contribuir para desencadear a resposta biológica).

Os tratamentos mais indicados são anti-inflamatórios e imunossupressores.

Tipo III: Hipersensibilidade Imune Complexa

A lista de doenças relacionadas com o Tipo III é longa, podendo aparecer em diferentes partes do corpo: pele (lúpus eritematoso sistêmico), pulmões (aspergilose), vasos sanguíneos (poliarterite) ou mesmo o organismo como um todo.

Outro nome para esse tipo de hipersensibilidade é “doença do complexo imune”, em referência ao fato de que, nela, os anticorpos e os antígenos se unem formando os ditos complexos. A partir disso, desenvolve-se lesão tecidual.

De maneira geral, observa-se a reação de três a dez horas após a exposição do paciente ao antígeno causador.

Naturalmente, o Tipo III oferece perigos vitais e de longo prazo para os afetados. As soluções dependem de cada caso, já que podem variar bastante, conforme diagnóstico e complexidade de sintomas.

Tipo IV: Hipersensibilidade Mediada por Células

Para finalizar nossa lista em que apresentamos quais são os 4 tipos de hipersensibilidade, chegamos a medida por células.

Recebendo também o nome de hipersensibilidade tardia, a sua reação costuma demorar para ser percebida (a perspectiva é que o pico seja atingido após 48 horas do contato com o antígeno). Assim como os tipos II e III, ela tem causas e cuidados complexos.

A hipersensibilidade do Tipo IV está, muitas vezes, relacionada a doenças conhecidas, como a tuberculose, a lepra, a toxoplasmose e a leishmaniose

Alergias de contato de diversas ordens também podem ser observadas aqui. Dentro desse subtipo podem ser incluídos contatos com agentes químicos, metais pesados ou mesmo a hera venenosa.

A aparência clínica dela é similar à da hipersensibilidade imediata, com coceira e o desenvolvimento de eczemas.

É importante ressaltar que os diversos tipos de hipersensibilidade oferecem desafios únicos para os profissionais da Imunologia.

Estudos aprofundados são sempre necessários, a fim de proporcionar os melhores cuidados possíveis, de acordo com o que se conhece sobre o paciente e a sua condição. A partir daí, o mais importante é oferecer as informações corretas, para que os indivíduos vivam bem.

Este foi mais um conteúdo especial produzido pela equipe do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM). Siga nosso Instagram e fique por dentro de outras novidades!

O Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM) é a nova marca de cursos de imersão, aperfeiçoamento e especialização médica do Brasil e temos uma série de cursos médicos presenciais e online com matrículas abertas. Confira!

Após aprender mais detalhes sobre quais são os 4 tipos de hipersensibilidade, aproveite e leia aqui:

O que são doenças hematológicas?

Tratamentos para síndrome de HELLP

Em alta

O que é esclerose subcondral?

Doutor, você já ouviu a falar sobre a Esclerose Subcondral? Ela é uma doença óssea muito comum. Mas, você sabe como diagnosticá-la? Entenda!

Ler matéria

Quais são os planos de delimitação do corpo humano?

Você sabia que o corpo humano é referenciado de acordo com três planos mutuamente ortogonais? Confira quais são os planos de delimitação!

Ler matéria

O que é arritmia supraventricular isolada?

A Arritmia Supraventricular Isolada é uma condição cardíaca que afeta o ritmo do coração e suas variações. Conheça os riscos e tratamentos!

Ler matéria

Quais doenças o exame FAN detecta e quando solicitar ao paciente?

Feito a partir da análise de uma amostra de sangue do paciente o exame FAN ajuda a diagnosticar doenças autoimunes como a lúpus. Saiba mais!

Ler matéria

Como coletar gasometria arterial?

Está com dúvida de como coletar a gasometria arterial? Ela é realizada por meio da punção na artéria do paciente. Saiba dominar essa técnica!

Ler matéria

Principais doenças do sistema urinário

Você sabia que o sistema urinário do corpo humano é responsável por produzir e eliminar a urina? Conheça as principais doenças urológicas!

Ler matéria

Outras matérias

O que faz um neonatologista

O que faz um neonatologista? Entenda mais sobre a área

Você sabe o que faz um neonatologista? Em resumo, ele é um médico especializado no cuidado de recém-nascidos. Entenda mais sobre a área!

Quais são os tipos de hidrocefalia

Quais são os tipos de hidrocefalia?

Considerada como uma doença rara, a hidrocefalia é o acúmulo de líquido dentro do crânio. Veja os diferentes tipos e tratamentos indicados!

Paciente com marcapasso pode fazer tomografia?

Paciente com marca-passo pode fazer tomografia? Descubra agora!

Alguns exames como Raio X e tomografia podem ser realizados sem restrições pelos pacientes com marca-passo. Confira as principais orientações!

O que é a classificação de Braunwald

O que é a classificação de Braunwald? Ela avalia casos de insuficiência cardíaca

Você conhece a Classificação de Braunwald? Ela avalia a gravidade da insuficiência cardíaca. Aprenda como utilizar em sua prática clínica!