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O que é colecistite aguda? Causas, sintomas e tratamentos

O que é colecistite aguda

Diante de tantas doenças importantes que um profissional da área de medicina deve conhecer, saber o que é colecistite aguda é algo muito importante a fim de poder indicar o melhor tratamento. É por isso que hoje vamos abordar esse tema.

Ela é o resultado de uma inflamação na vesícula biliar, a qual é responsável pela gestão de gorduras, trocando tarefas com o fígado. A sua causa principal (que será abordada mais profundamente em dos tópicos posteriores) são os cálculos biliares.

Nesse texto, nós vamos abordar mais um pouco sobre sua definição, as causas e fatores de risco, bem como complicações, sintomas e a maneira como é feito o diagnóstico, os tratamentos e medidas de prevenção.

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Veja também: Qual é a importância da microbiota humana?

Entenda o que é colecistite aguda e seus tipos

A colecistite é uma patologia que se apresenta em duas formas: crônica e aguda. Enquanto a primeira traz sintomas mais leves e dura um período de tempo reduzido, a segunda carrega sintomas intensos, cuja duração piora muito rapidamente.

Levando em conta que a vesícula biliar é a responsável por armazenar a bile produzida pelo fígado, é possível imaginar que uma acumulação deste elemento pode causar alguns problemas. Esse é o cenário ideal para a infecção por bactérias.

Causas e fatores de risco

Ao entender o que é colecistite aguda, é muito importante saber como ela pode surgir. A principal causa é a formação de cálculos biliares, os quais (como falamos no começo) se acumulam e permitem a infecção por bactérias. Apesar disso, é preciso considerar que nem todas as pessoas que desenvolvem o quadro apresentam essa condição.

Ou seja: embora os cálculos biliares sejam a causa mais frequente, outras origens não devem ser descartadas.

A fim de descobrir o que causou o problema, o mais indicado é a realização de exames laboratoriais e descrições dos sintomas. A anamnese é fundamental aqui, então não basta entender o que é colecistite aguda, precisa saber como diagnosticar sua causa.

Ela é uma condição repentina, aparecendo sem sinais prévios. Isso não significa que a doença não existisse, mas ela ainda estava na fase silenciosa. Na maioria das vezes isso é descoberto após os pacientes visitarem o médico pelos sintomas, mas pode vir antes.

De maneira semelhante, a inflamação da vesícula biliar começa sem a presença de infecção na área. Essa característica somente se apresenta em etapas posteriores, o que pode ter consequências graves para assintomáticos que são afetados pela colecistite aguda.

Além de tudo isso, após explicarmos o que é colecistite aguda, é interessante falarmos sobre os fatores de risco, os quais existem. Dentre eles, vale destacar o histórico familiar e pessoal (isto é, questões genéticas) e pacientes que já possuíam (ou possuem) cálculos biliares, mas ainda não desenvolveram a doença.

Também se nota uma prevalência de acordo com a idade (com mulheres acima dos 50 e homens acima dos 60 estando mais suscetíveis), diabetes, gravidez, sexo, sobrepeso e obesidade, uso de reposição hormonal (anticoncepcional, por exemplo) e cigarro.

Complicações e sintomas

Os principais sintomas são as dores constantes no abdome, especialmente na parte superior. Como mencionamos brevemente ao falar o que é colecistite aguda, os incômodos aparecem de repente, abandonando o paciente depois de cerca de seis horas. Por conta da infecção, as aflições acabam retornando.

Diversos outros sintomas podem surgir, de acordo com o tipo e a causa da colecistite biliar, o que aponta a necessidade do diagnóstico. Mesmo a dor abdominal não é algo generalizado, podendo se espalhar para demais partes do corpo como o ombro direito e as costas.

A pessoa acometida pela colecistite aguda pode sentir alguns dos sintomas, especialmente a dor abdominal, aumentando quando respira mais fundo e ingere diversos alimentos, com comidas gordurosas tendo o efeito mais devastador no organismo do paciente.

Outros sintomas incluem aparência abatida, batimentos cardíacos irregulares e mais rápidos, calafrios, febre, náuseas, perda de apetite, sensibilidade no abdômen e vômito. Para fins de diagnóstico, não é necessário existir todos esses sinais para ser uma colecistite aguda.

Como consequência, não é incomum que a doença seja descoberta quando o paciente está buscando ajuda com uma condição completamente diferente. Nesses casos, ele pode ainda não ter notado a colecistite aguda por seu silêncio, o que significa que ela está no começo.

Diagnóstico, prevenção e tratamento

Após ler acima o que é colecistite aguda e suas prováveis causas, é importante saber como ela pode ser tratada – e também evitada.

O tratamento visa, inicialmente, controlar a inflamação e aliviar a dor do paciente. Estas medidas não são a solução, somente a porta de entrada para uma cirurgia, que é o procedimento mais indicado nesses casos. Nesse momento, a vesícula biliar é retirada.

A cirurgia se chama “colecistectomia”. Não é necessário que o paciente espere a condição piorar para receber a recomendação do procedimento cirúrgico. Na verdade, quanto antes a doença for descoberta e tratada, menores serão os danos causados ao corpo.

Outros elementos do tratamento pré-cirúrgico são a administração de fluídos, antibióticos e analgésicos, bem como o jejum. A fim de chegar nessas recomendações, o médico realiza exames, buscando confirmar o diagnóstico. Leva-se em conta sintomas e histórico de saúde.

Alguns dos exames pedidos são os de sangue, bem como os de imagem (representados aqui pelo ultrassom abdominal). Feita a cirurgia, o paciente deve se recuperar em pouco tempo. Apesar deste período desconfortável, a vida posterior não tem outras consequências.

Por fim, é interessante falarmos não somente o que é colecistite aguda, mas sobre sua prevenção. A maioria das causas não pode ser controlada, mas com uma reeducação alimentar, exames físicos regulares e o abandono do tabagismo, diminui-se a possibilidade de infecção na vesícula biliar.

Conseguiu entender melhor sobre esse tema para poder diagnosticar e tratar corretamente a doença? Se ficou com alguma dúvida, deixe seu comentário!

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Veja também: Como colocar eletrodos no paciente para monitorização cardíaca?

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