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Entenda qual é a importância da microbiota humana e seu papel como alvo terapêutico?

Qual a importância da microbiota humana

A microbiota reduz patologias ao auxiliar na digestão e absorção de nutrientes

A microbiota intestinal humana é fundamental na prevenção de doenças, uma vez que há relação estreita entre as bactérias residentes no organismo e a manutenção da saúde. Médicos de diversas especialidades constroem carreiras de sucesso a partir dos estudos relacionados ao tema.

Existem aproximadamente 100 trilhões de bactérias no intestino grosso, dispostas principalmente em cinco filos. São elas que compõem o chamado microbioma, cuja constituição depende de uma série de fatores desde a infância, incluindo a dieta, parto,  ambiente, fatores culturais e ambiente familiar.

O termo microbiota é originário da biologia e refere-se a um grupo de micro-organismos que vivem em um determinado ecossistema. Neste caso, as referências que vamos usar neste artigo são relacionadas ao intestino do paciente.

Como um especialista neste tema, é seu papel compreender bem qual é a importância da microbiota humana, buscar conhecimento constante sobre problemas e seus respectivos tratamentos.

Para ajudá-lo a relembrar o tema, muito comum em diversas especializações médicas, nutrição, farmácia e biomedicina, reunimos diversas informações sobre a microbiota humana neste conteúdo criado pelo Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM). Boa leitura!

O que é microbiota?

A microbiota intestinal é o conjunto de microrganismos que habitam ou colonizam o trato gastrointestinal (TGI). Vale lembrar que o foco deste conteúdo se concentra sobre as bactérias ali existentes, porém sabe-se que naquele ecossistema também existem fungos, parasitas e vírus.

Quando se fala em “colonização”, entendemos a capacidade de multiplicação e longa permanência. Quando um problema é detectado na microbiota humana, geralmente está relacionado a um desequilíbrio da flora intestinal, também conhecida pela classe médica como disbiose.

De forma bem resumida, a principal função e importância da microbiota humana tem relação direta com a manutenção dos quadros estáveis de saúde e bem-estar do indivíduo, o que depende diretamente do equilíbrio no ecossistema das bactérias dos filos Firmicutes, Bacteroidetes e Actinobacteria.

O que é disbiose intestinal?

A disbiose intestinal é o desequilíbrio da microbiota humana saudável, uma mudança que normalmente é prejudicial à saúde do indivíduo. Conhecida como intestino permeável, este problema reduz a capacidade de absorção de nutrientes importantes, como cálcio, zinco, selênio e ferro, despertando respostas do sistema imunológico.

Deste modo, quando a microbiota entra em desequilíbrio, favorece o crescimento de bactérias negativas no intestino delgado e, consequentemente, a formação de toxinas. Disbiose é o termo que classifica essa desordem. Como especialista na área, é importante que você conheça a classificação da doença e os novos tratamentos que surgem a todo momento.

Entre as causas da disbiose, temos o uso irregular de medicamentos, por exemplo, antibióticos, dieta deficiente, estresse, intolerâncias alimentares e baixa imunidade.

Para o tratamento do problema, recomenda-se o uso de diversos remédios, além da adoção de dietas orgânicas e livres de glúten, leite e derivados. Porém, como dito acima, cada caso pode sugerir a adoção de protocolos distintos, o que exigirá uma atualização constante por parte do gastroenterologista e outros profissionais que possam se especializar no aparelho digestivo.

Vamos falar sobre a importância da microbiota humana?

A microbiota intestinal, quando em situação de equilíbrio, executa ações importantes para o organismo do indivíduo, sendo as principais: antibacteriana, imunoestimulante e metabólicas. A primeira se refere à capacidade de impedir a colonização por bactérias negativas, fenômeno conhecido por efeito barreira.

Para o sistema imunológico, a microbiota se utiliza das células imunes que existem na parede intestinal, estimuladas pelos elementos que se aproximam delas. Sem este estímulo, o organismo se fragiliza, tornando-se propenso a infecções e surgimento de doenças autoimunes.

Para entender a importância da microbiota humana quando o assunto é a função metabólica, ela ajuda na degradação dos resíduos que chegam ao cólon ao produzir elementos a partir desse processo. Os nutrientes serão reabsorvidos pela mucosa e, assim, ocorre o chamado salvamento energético.

Por outro lado, se houver desequilíbrio nessa função, surgem doenças como a obesidade.

De modo resumido, a importância da microbiota humana é percebida nas seguintes funções: 

  • Impedir a proliferação de microorganismos patogênicos;
  • Reduzir o PH intestinal;
  • Ativar e modular a resposta do sistema imunológico;
  • Controlar o armazenamento de gordura;
  • Fermentar resíduos alimentares que o organismo não digere;
  • Sintetiza e facilita a absorção de moléculas importantes pelo intestino, como vitaminas B e K.

Desde o nascimento do indivíduo, a microbiota humana estimula o desenvolvimento das funções do trato gastrointestinal e os movimentos peristálticos. Quando o ecossistema está saudável, além de promover a absorção de nutrientes importantes, os micro-organismos fermentam fibras importantes na produção dos ácidos graxos de cadeia curta.

A microbiota humana equilibrada é um componente indispensável para a imunidade e produção de energia, além de prevenir a diabetes, doenças cardíacas e câncer.

Dos cinco filos principais existentes, dois se encontram em maior proporção no intestino, sendo eles Firmicutes e Bacteroidetes. Existe uma relação entre a metabolização dos carboidratos, influenciando o sobrepeso, e seu equilíbrio contribui no tratamento da obesidade. O microbioma ainda auxilia na degradação de polissacarídeos (carboidratos).

Estudos indicam que os micro-organismos são eficientes também no tratamento e combate a doenças quando concentrados na utilização de prebióticos, probióticos, metformina e antibióticos. Outra importância da microbiota humana é percebida na defesa, pois controla a forma como o corpo responde à infecções, se comunicando com as células do sistema imunológico.

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