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Tudo sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil

Primeira cirurgia robótica no Brasil

Em 30 de março de 2022 completou treze anos da primeira cirurgia robótica no Brasil. O procedimento realizado pelos profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, representou um marco para os avanços tecnológicos e científicos no país.

Sabemos que a utilização de máquinas para trabalhos na área da saúde não é algo novo. Médicos contam com o auxílio de instrumentos automatizados no cuidado com as pessoas há séculos, de acordo com novas invenções em diferentes campos da ciência.

Abaixo vamos falar um pouco sobre esta primeira cirurgia robótica e como ela abriu as portas para mais procedimentos similares. Mas antes disso, abordaremos um pouco sobre o tema, que pode ser novo para os menos experientes na área.

Este é um conteúdo especial criado pela redação do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM). Boa leitura!

Leia também: Quais são as funções do CRM?

O que é uma cirurgia robótica?

Antes de entender tudo sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil, é importante saber como ela funciona. Apesar do que o título sugere, o robô não faz nada sozinho aqui. Embora ele contribua para o procedimento, o trabalho continua sendo todo dos médicos.

Conhecido como “Da Vinci”, o robô que permite esse tipo de cirurgia atua como reprodutor dos movimentos de um cirurgião. A máquina foi desenvolvida nos Estados Unidos da América, em 1999, e demorou alguns anos até ser adquirida por um hospital brasileiro.

A cirurgia funciona da seguinte forma: em primeiro lugar, são realizadas pequenas incisões na área a ser operada. A partir daí, são inseridos os quatro braços robóticos que irão realizar o procedimento. Eles estarão munidos de pequenos instrumentos e uma câmera.

Os instrumentos servem para realizar a cirurgia, enquanto a câmera envia imagens tridimensionais (e com possibilidade de ampliação) para os médicos. Os profissionais então as observam e fazem o seu trabalho sem precisar colocar as mãos diretamente no paciente.

Tudo sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil

A primeira cirurgia foi realizada numa manhã de domingo, em 30 de março de 2009. Alguns meses antes, o robô “Da Vinci” tinha sido adquirido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, e havia chegado o momento de colocá-lo em uso.

O paciente foi um homem de 70 anos, o qual estava no centro cirúrgico para a realização de uma prostatectomia radical. A equipe que o atendeu contava com mais de 20 profissionais de diferentes áreas e disciplinas, entre médicos, enfermeiros e engenheiros clínicos.

De lá para cá, o hospital tornou-se referência em cirurgias robóticas no país, realizando milhares delas todos os anos. Isso porque a importância do procedimento exige não somente o robô, mas uma infraestrutura adequada para acomodá-lo e profissionais treinados.

Além de entender tudo sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil, vale a pena ver quais são as vantagens deste procedimento.

Quais são os benefícios das cirurgias robóticas?

A cirurgia robótica é considerada um procedimento revolucionário em diferentes áreas médicas, sobretudo na urologia. Casos de câncer próstata, por exemplo, se beneficiam tremendamente da realização de operações assim.

Para os pacientes, alguns dos benefícios incluem menor sangramento durante o processo cirúrgico, menor tempo de internação, riscos reduzidos (como possibilidades de infecção), diminuição de dores e desconfortos e futuras cicatrizes menos perceptíveis.

Para os médicos, o robô permite movimentos mais precisos e uma melhor visualização dos órgãos internos. Além disso, pelo tempo de duração do procedimento, diminui-se a fadiga e tensões nas articulações, proporcionando um trabalho muito mais eficiente.

Na prática, elas são extremamente seguras, eficazes e benéficas para todas as partes envolvidas.

A cirurgia robótica no cenário médico brasileiro

Em março de 2022, quase 13 anos depois da primeira cirurgia robótica no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a realização de operações desse tipo no país. No documento, são estabelecidas uma série de normas importantes.

Essa regulamentação é extremamente importante porque, de 2008 a 2021, o Brasil teve mais de 30 mil cirurgias robóticas, entre todas as especialidades médicas. O maior volume aconteceu na região Sudeste, mas elas estão presentes em todo o país.

Apesar disso, o cenário brasileiro não é dos melhores. Aqui, apenas o Hospital Israelita Albert Einstein oferece uma especialização em cirurgia robótica. Outros cursos relacionados existem somente no exterior, especialmente nos EUA, inventor do Da Vinci.

Por conta disso, o número de profissionais especializados é bem reduzido. Atualmente, apenas cerca de 1.200 médicos possuem essa capacitação, distribuídos em mais de 14 especialidades da medicina.

Não é surpreendente dizer que o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece cirurgias robóticas. O alto custo do Da Vinci (cerca de 12 milhões, com acréscimos de manutenção que podem chegar a um milhão todos os anos) não ajuda para a sua popularização no Brasil.

Ao entender os detalhes sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil, vale a pena mencionar que, apesar do cenário nacional pouco explorado, a simples existência desse tipo de procedimento no país deve ser vista de maneira otimista.

Compreender a utilização de tecnologias para melhorar a vida das pessoas deve ser um dos principais objetivos almejados por aqueles que trabalham com a Medicina. Essa tarefa requer estudos aprofundados e muita dedicação, mas as recompensas são numerosas.

O Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM) é a nova marca de cursos de imersão, aperfeiçoamento e especialização médica do Brasil. Temos uma série de cursos médicos presenciais e online com matrículas abertas. Confira!

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Além de ler aqui sobre a primeira cirurgia robótica no Brasil, queremos convidá-lo a aprofundar seus conhecimentos a respeito do método Capurro e da microbiota humana. Boa leitura!

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