As áreas relacionadas com o estudo e manutenção da saúde humana são múltiplas. Cada uma delas se preocupa com a obtenção de conhecimentos específicos para oferecer procedimentos cirúrgicos, tratamentos ou medicamentos.
Diante de tantas informações relacionadas e sistemas internacionais, foi necessário criar um protocolo para identificar e tratar as diversas enfermidades, além de rastreá-las. Neste contexto surge a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS). Neste artigo vamos explicar o que são e quais são as CID de doenças mais comuns.
Trata-se de uma padronização feita pela OMS com o objetivo de auxiliar na identificação, consulta de condições e posteriores tratamentos adequados. A documentação da instituição indica que existem mais de 55 mil códigos diferentes para lesões, doenças e causas de mortes, o que ajuda a entender as diversas ocorrências em todo o planeta.
Você que é profissional da área médica e que está em constante aprendizado já deve ter ouvido falar sobre as CIDs e neste artigo vamos aprofundar no assunto. Este é mais um conteúdo elaborado pela equipe do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM).
CID é a sigla de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. Em inglês, ela recebe o nome de ICD (International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems).
Este é um sistema desenvolvido e publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), buscando a troca de conhecimentos médicos, clínicos e científicos entre profissionais de diferentes especialidades e países. Atualmente, o arquivo está em sua 11ª versão.
A CID é constantemente modificada e incrementada, conforme novos conhecimentos são obtidos ou doenças surgem. É comum que determinadas enfermidades sejam reclassificadas, adicionadas ou mesmo excluídas, de acordo com estudos e avanços científicos.
Antes que você saiba quais são as CID de doenças mais comuns, entenda que o sistema da OMS apresenta as diversas enfermidades (de ordem física ou psicológica), sintomas e sinais, danos, ferimentos, aspectos anormais e queixas. Tudo o que seja disruptivo para o funcionamento do corpo humano e afeta pessoas tem espaço e uma classificação.
Por seu objetivo amplo e unificador, fatores ambientais e sociais também se apresentam, quando relacionados com algum dos itens descritos acima. Esses elementos, de modo geral, não são mutáveis e estão sujeitos a novas descobertas e aprimoramentos.
A versão mais atual do sistema foi lançada em 2019 e colocada em vigor em 1º de janeiro de 2022, incluindo cerca de 55 mil códigos únicos. A versão anterior tinha sido desenvolvida em 1992, embora atualizações menores sejam realizadas com uma frequência anual.
Quase todos os aspectos dos estudos médicos estão sujeitos a barreiras linguísticas. Nomes de patologias, sintomas e procedimentos mudam de país para país e, especialmente, com o passar do tempo. Tentar identificar esses elementos pelo nome, então, é difícil.
Por conta disso, todo médico precisa conhecer detalhadamente quais são as CID de doenças. É por meio desta Classificação Internacional de Doenças que diversas informações são consolidadas para profissionais de todo o mundo. A partir daí, são estabelecidas categorias únicas (as quais incluem conjuntos de doenças semelhantes) e códigos de até 6 caracteres.
Os títulos das CIDs têm como objetivo categorizar os elementos, facilitando a consulta de profissionais que usam o sistema. Por exemplo, especialistas em doenças cardiovasculares podem consultar o documento para identificar novas referências em tratamentos endócrinos ou algo relacionado à infecção e que não tenham uma literatura bem desenvolvida.
A CID-11 contém 26 capítulos. O primeiro, por exemplo, fala sobre doenças infecciosas e parasitárias; enquanto o segundo discorre sobre tumores. Entre os capítulos 15-22, são abordadas questões de gravidez, malformações congênitas, sintomas, lesões, envenenamentos, causas externas de mortalidade, fatores que influenciam a saúde das pessoas e códigos para propósitos especiais.
Cada elemento incluído dentro dos capítulos da CID recebe um código que o identifica com uma letra e uma sequência de até 5 números.
Por exemplo, se você quiser saber qual é a CID da doença pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), por exemplo, ela é identificada pelo código B20.
Seguindo o exemplo acima, o código B20 recebe uma sequência na forma de desdobramentos da doença. B200 é “Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas” e esse mesmo padrão é seguido para todas as classificações.
A OMS traz, na CID-11, valiosos conteúdos sobre o transtorno do espectro autista, transexualidade e novas categorias relativas à Covid-19, informações que não estavam presentes na antiga versão.
Para identificar demais códigos, você pode buscar pelos sintomas, doenças ou diagnósticos e saberá quais são as CIDs diretamente no sistema da OMS, gratuitamente.
Uma maneira de obter conhecimentos sobre uma doença é pesquisar as informações disponíveis sobre ela na CID. A área médica exige uma atualização constante para que o profissional esteja por dentro das últimas novidades e recentes estudos dentro do seu campo de atuação.
A partir do entendimento de qual é a CID da doença que deseja se atualizar, é possível consultar um panorama amplo sobre ela a nível global, incluindo a sua frequência em diferentes partes do mundo, fatores externos de risco e taxa de mortalidade.
Por fim, um elemento importante a ser destacado é que a CID não deve ser utilizada em atestados médicos, guias de consulta, solicitações de exame e outros documentos. Essa proibição visa preservar o sigilo do paciente e tem respaldo do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Compreender a CID e suas ramificações é essencial para promover a saúde e os melhores tratamentos.
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Além de explicar aqui quais são as CID de doenças, nós também já falamos sobre o Revalida e as principais funções do CRM.
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