Residência

Quantas residências um médico pode fazer? Existe um limite?

Quantas residências um medico pode fazer

A especialidade médica é o caminho natural tomado por boa parte daqueles que se formam na área. A possibilidade de obter maior qualificação e oportunidades no mercado de trabalho fazem com que essa escolha seja priorizada pela maioria dos graduados.

Apesar disso, uma parte da jornada pode ser tortuosa. Além de todas as questões diretamente ligadas às especialidades, existem dúvidas sobre suas especificidades. Dentre elas, uma das mais frequentes é: quantas residências um médico pode fazer?

Assim como outros aspectos da medicina e da sua regulamentação no território brasileiro, a resposta para essa pergunta não é simples. Abaixo nós vamos nos aprofundar no que é uma residência médica, qual o número máximo de especializações permitidas e como elas podem ser feitas.

O que é uma residência médica?

O primeiro passo para compreender quantas residências um médico pode fazer consiste em entender o que é este tipo de especialização. Essa modalidade de pós-graduação oferece maior qualificação ao profissional, na forma do título obtido em uma determinada área.

Residências médicas duram entre dois e cinco anos, dependendo da complexidade da especialidade escolhida. Naturalmente, a fim de se inscrever em uma especialidade, é necessário que o profissional tenha se graduado em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação.

A concorrência para vagas em residências médicas varia de acordo com a especialidade e a região geográfica. Essas oportunidades são regularmente publicadas em editais nos sites das instituições de ensino que as fornecem. Ou seja: é preciso ficar bastante atento.

Caso o médico seja aprovado em um processo seletivo para uma vaga de residência médica, ele passará a receber uma bolsa, atuando de maneira prática em um hospital público, particular ou em laboratórios. A rotina de cada profissional também muda consideravelmente de acordo com o local e a área.

Dito isto, é preciso considerar o fato de que nem todos os profissionais se identificam com a primeira especialidade que escolhem. Desta forma, surge a questão que dá título a este texto: quantas residências um médico pode fazer? Nos próximos parágrafos, nós vamos respondê-la!

Descubra agora quantas residências um médico pode fazer

A resposta curta para essa pergunta é: sim, é possível fazer mais de uma residência médica. Apesar disso, essa questão é complexa, considerando diversos fatores e regulamentações estabelecidas pelos órgãos competentes.

Os motivos para o desejo de realizar mais de uma residência médica (tendo-as concluído ou não) são muitos, dentre eles a não identificação com a prática cotidiana da especialidade, a baixa perspectiva em relação à remuneração e o mercado de trabalho, desânimo e estresse.

Caso o médico se veja diante dessa situação, existe uma única alternativa. Segundo a resolução nº 2/2005, da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), os profissionais da área podem cursar até duas especialidades distintas. Ou seja: é possível fazer duas residências.

A exceção acontece para carreiras que possuem pré-requisitos. Neste caso, elas não contam para o número máximo de residências possíveis. Além disso, o médico pode cursar apenas uma área de atuação específica para cada uma das especialidades escolhidas. 

Considerando todos esses cenários e “poréns”, fica fácil perceber que a escolha da especialidade correta carrega enorme importância. Caso o profissional tenha se formado em medicina e ainda esteja incerto de qual área escolher, a reflexão deve ser plena.

Como fazer mais de uma residência médica?

Após ler acima quantas residências um médico pode fazer, vamos imaginar a situação de um profissional que não se sente satisfeito em sua área e deseja trocá-la, ingressando em uma nova formação. Como essa decisão pode ser conduzida? Existem outras restrições associadas?

Vamos começar pelas proibições: é vedado ao médico cursar uma mesma especialidade duas vezes, mesmo que elas sejam feitas em instituições distintas. A solução, nesse caso, é encontrada a partir do pedido de transferência, em que o profissional muda o local da residência.

O exemplo acima, porém, só é possível caso a formação ainda não tenha sido concluída. Indiferente dessa situação, é possível realizar uma segunda especialidade e, como consequência, uma nova residência médica. Naturalmente, isso toma bastante tempo.

Caso o residente prefira trocar somente a instituição na qual realiza a especialização, ele precisará da autorização da Comissão de Residência Médica (COREME). No caso daqueles que mudam de estado, deverão ser obtidas autorizações dos órgãos em ambos os locais.

Por fim, a realização de uma segunda residência médica leva os mesmos passos da anterior. A única diferença ocorre quando esta qualificação adicional é a continuação de uma anterior. Isto é, caso a nova especialidade escolhida tenha a primeira como um pré-requisito.

É interessante notar que, além da multiplicidade de residências como alternativa para uma escolha da qual o profissional se arrependeu, elas também existem com o objetivo de expandir os conhecimentos e tornar os médicos que as realizam mais capacitados.

Caso você ainda não tenha dado início a sua especialidade, após ver aqui as limitações sobre quantas residências um médico pode fazer, tire um tempo para refletir e fazer sua escolha de forma segura. Tomar uma decisão consciente evita arrependimentos futuros e demais complicações.

Aqui no Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDMED) desenvolvemos uma metodologia própria que ajuda vários estudantes a alcançar a aprovação na residência escolhida.

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