A Síndrome de HELLP é um dos transtornos de hipertensão que ocorrem durante a gravidez, sendo uma doença grave de elevada incidência de morte materna no mundo. Esta complicação obstétrica preocupa por ter um diagnóstico mais complicado, inclusive porque, de início, seus sintomas são silenciosos.
A doença é chamada síndrome por envolver um conjunto de sintomas – e também sinais – à medida em que avança. Ainda que ocorra de forma isolada, é uma complicação da pré-eclâmpsia e pode levar à morte tanto da mãe quanto do bebê.
O problema maior é que, no início, os sintomas da Síndrome de HELLP se confundem com a pré-eclâmpsia grave. Se não houver avaliação laboratorial correta, ela se agrava, acarretando lesão em órgãos importantes e, consequentemente, a morte materna.
Este é mais um artigo da nossa série focada na obstetrícia, especialização médica que acompanha a mulher em assuntos relacionados à gestação, inclusive no pós-parto. Boa leitura!
A Síndrome de HELLP, como mencionado, é um conjunto de alterações ocorridas no segundo ou terceiro trimestre de gestação. A abreviação dos termos em inglês resume os efeitos dela no organismo da paciente:
De forma simplificada, a doença provoca o aumento das enzimas do fígado, destruição das hemácias e redução das plaquetas. Caso a síndrome não seja devidamente cuidada, poderá ocorrer edema agudo dos pulmões, falência cardíaca, insuficiência renal, hemorragia, ruptura do fígado, até chegar ao óbito da mãe e do bebê.
Identificar os sintomas da Síndrome de HELLP nas gestantes é, na verdade, um dos principais desafios para obstetras de todo o planeta. De fato, em alguns quadros, ela se mostra silenciosa no início e, em outros, se confunde com outras condições clínicas, como gripe, gastrite ou hepatite aguda.
A gestante pode apresentar, por exemplo:
Uma vez que as plaquetas ajudam o sangue a coagular, um dos principais sintomas da síndrome é a hemorragia.
Os sintomas auxiliam o profissional no encaminhamento do diagnóstico correto da Síndrome de HELLP, bem como o aumento da pressão arterial, alterações nos níveis de urina e enzima do fígado, redução das plaquetas e hemácias.
Porém, como a doença é um agravamento da pré-eclâmpsia, uma das diversas síndromes hipertensivas da gestação, caso os exames clínicos e laboratoriais da paciente apresentem alterações de enzimas hepáticas, hemólise e baixa contagem de plaquetas, estes serão indicativos de que ela sofre desta enfermidade.
Pode ser necessário solicitar exames laboratoriais urgentes para o diagnóstico da Síndrome de HELLP, tais como:
Com o diagnóstico da Síndrome de HELLP, a paciente deve ser tratada imediatamente de acordo com o protocolo correto, com base no seu quadro clínico e no estágio da gestação.
Ao estudar sobre os sintomas da Síndrome de HELLP, saiba que esta é uma complicação da pré-eclâmpsia, ao que especialistas estimam que, aproximadamente, 8% das gestantes podem desenvolver. Porém, mulheres cardíacas e que tenham doenças crônicas renais, lúpus e diabetes têm propensão a sofrer com ela.
Infelizmente, não há meios de preveni-la, nem frear os seus efeitos.
Outros fatores que indicam a propensão são idade acima de 35 anos, obesidade, pressão alta, além do histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
Após a identificação dos sintomas da Síndrome de HELLP e o correto diagnóstico, você deverá atuar para neutralizar o problema. O primeiro passo é encaminhar a gestante à UTI para que ela tenha um acompanhamento constante.
No entanto, isso vai depender da idade gestacional, pois é comum que, em caso de estabilidade, o parto seja induzido após a 34ª semana no intuito de evitar complicações para mãe e bebê.
Após o parto, o recém-nascido é encaminhado para a UTI neonatal para acompanhamento e monitoramento. Casos em que a idade gestacional (IG) não tenha sido estimada podem exigir a adoção do Método de Capurro.
Em contrapartida, em gestações inferiores a 34 semanas, a mãe recebe injeções musculares de corticóides para o desenvolvimento pulmonar do bebê. É importante deixar a paciente ciente quanto às possíveis complicações relacionadas à síndrome.
Para a mãe, a Síndrome de HELLP pode provocar, por exemplo, trombose recorrente, descolamento da placenta, coagulação intravascular disseminada, infarto ou hemorragia cerebral, além de eclâmpsia. O bebê pode sofrer restrição de crescimento, trombocitopenia neonatal, síndrome da angústia respiratória neonatal ou nascimento prematuro.
Ao perceber qualquer um dos sintomas da Síndrome de HELLP, seja por avaliação clínica ou por intermédio da anamnese, o tratamento deve ser imediatamente iniciado.
Caso a mãe se enquadre em algum dos fatores de risco, é importante ter acompanhamento pré-natal constante, assistência multidisciplinar, bem como orientações sobre estilo de vida saudável, atividades recomendadas pelo obstetra e dieta balanceada.
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