Residência

Qual é a diferença entre residência e pós-graduação? Entenda agora

Qual a diferença entre residência e pós-graduação

A dúvida sobre qual é a diferença entre residência e pós-graduação permeia quem ingressa na área da saúde, principalmente os graduandos de medicina. Porém, a certeza é de que a carreira requer atualizações constantes, bem como alto nível de especialização.

Ainda que haja diferença entre as duas, ambas são regulamentadas pela Resolução CNE nº 01/01, sobre o ensino superior brasileiro, do Ministério da Educação (MEC). Este documento estabelece carga horária mínima de 360 horas como critério para conclusão desta fase dos estudos. 

Outro ponto em comum entre elas é que, de fato, a residência é um tipo de pós-graduação lato sensu focada na prática. Se você está indeciso sobre qual opção seguir em sua carreira, fique tranquilo, pois vamos apresentar mais informações sobre as duas opções.

Aqui no Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM) temos como objetivo te apresentar diversas características das áreas de especialização para que você tenha segurança em decidir o próximo passo em sua carreira. Boa leitura!

O que é a residência médica?

Antes de entender qual é a diferença entre residência e pós-graduação, saiba que o curso de medicina tem seis anos de duração e, após sua conclusão e devido registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), é possível atuar profissionalmente, mas como médico generalista.

Para trabalhar em alguma área de especialidade, é preciso passar pela residência médica.

Ou seja, a residência médica é uma pós-graduação destinada a médicos, instituída pelo Decreto nº 80.281 de 1977. Quando a pessoa a cumpre integralmente, lhe é conferido o título de especialista.

Para entrar na residência, é preciso fazer uma prova, bastante concorrida. O programa tem duração de dois a seis anos, dependendo da especialidade, cumprido em hospitais sob a supervisão de médicos.

O residente em medicina segue regras e legislações específicas. Além disso, o profissional deve cumprir uma rotina com plantões, carga horária de 60 horas semanais e escala de folga (o que também lhe impossibilita de conseguir outra fonte de renda durante esse período). Desta forma, o programa lhe dá o direito a uma bolsa auxílio.

Quais outras áreas podem fazer residência?

A residência médica não é a única que existe. Outras áreas da saúde também exigem a participação em um programa de residência multiprofissional, regulamentado pela Lei 11.129 de 2005.

Neste caso, a duração é de dois anos, com carga horária total de 5.760 horas e pagamento de bolsa mensal. Podem fazer residência multiprofissional os concluintes dos seguintes cursos: 

  • Enfermagem;
  • Farmácia;
  • Fonoaudiologia;
  • Medicina Veterinária;
  • Nutrição;
  • Psicologia;
  • Biomedicina;
  • Fisioterapia;
  • Ciências Biológicas;
  • Terapia Ocupacional;
  • Educação Física;
  • Odontologia;
  • Serviço Social.

A diferença entre a residência multiprofissional e a médica é que os primeiros são regulamentados e fiscalizados pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS).

Neles, também é necessário participar de um processo seletivo dividido em etapas.

Quais áreas da residência médica são mais disputadas?

Deu para entender um pouco mais os conceitos antes de saber qual é a diferença entre residência e pós-graduação?

Pois é importante saber que a residência médica, por si só, já é bastante concorrida. Porém, algumas áreas são um pouco mais disputadas que as demais, o que exigirá do candidato um preparo maior para ser aprovado.

Considerando o processo seletivo da residência médica da Universidade de São Paulo (USP), as áreas mais disputadas costumam ser:

  • Neurocirurgia;
  • Dermatologia;
  • Cirurgia Geral;
  • Oftalmologia;
  • Otorrinolaringologia;
  • Neurologia;
  • Psiquiatria.

Então, se você concluiu ou está finalizando o seu curso de medicina e pretende especializar-se em uma dessas áreas, a recomendação é se preparar bastante.

O que é a pós-graduação?

Certo, agora que já sabe mais sobre alguns conceitos, podemos explicar o que você quer saber: a diferença entre residência e pós-graduação. Para saber disso, como já entendeu do que se trata o primeiro termo, vamos falar do segundo.

A pós-graduação tem o objetivo de oferecer um conhecimento mais aprofundado sobre determinada área.

Como veremos adiante, os tipos de pós-graduação são os mestrados, doutorados, especializações e MBA, divididos entre os grupos stricto e lato sensu.

Pós stricto sensu

A pós-graduação stricto sensu inclui mestrado e doutorado, e é a modalidade destinada àqueles que querem atuar na academia, ou seja, quem quer pesquisar ou lecionar na universidade.

A duração deste tipo de pós-graduação varia de dois a quatro anos, dependendo do curso escolhido. Aqui, a abordagem é mais teórica, com regulamentação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Pós lato sensu

As pós-graduações lato sensu são os programas de especialização que incluem tanto residências quanto Master Business Administration (MBA), voltados para a área de gestão e negócios.

A abordagem é mais prática e focada no cotidiano profissional, a carga horária mínima é de 360 horas, mediante regulamentação do MEC e conferência do grau de especialista ao concluinte.

Quando a pós-graduação é voltada à especialização, exceto residência, normalmente dura um ano, mescla disciplinas teóricas e práticas, incluindo aulas em laboratório e estudos de caso. Geralmente não é remunerada.

Afinal, existe diferença entre residência e pós-graduação?

De fato, a residência médica é uma pós-graduação, no formato lato sensu, como descrevemos acima. Entretanto, a diferença está na forma como ela é administrada, uma vez que esta opção tem foco profissional bem específico.

Por isso, a residência médica confere experiência prática ao graduado direto na função em que ele quer se especializar: cardiologia, geriatria, ginecologia, etc.

Já a pós-graduação, de uma forma geral, possui diferentes cargas horárias, bem como modalidades. Logo, nada impede que o profissional da saúde faça quantas especializações lhe convier no futuro.

Agora que já sabe as características e diferenças entre residência e pós-graduação, precisa estar ciente de que um fator determinante no processo decisório é o seu momento profissional e disponibilidade de tempo.

É importante considerar os objetivos profissionais e o que for mais útil em sua carreira quando escolher o caminho a tomar.

Ao observar a dificuldade para um médico ser aprovado nos mais concorridos programas de residência médica do Brasil, o Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM) desenvolveu um curso preparatório para capacitar profissionais de todo o país. Não fique de fora!

O curso preparatório para Residência Médica conta com simulados, questões comentadas, apoio de médicos especialistas, conteúdo 100% digital e atualizado conforme os últimos editais do país, e uma metodologia própria de estudo estratégico. Invista no seu futuro profissional!

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