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Quais são os sintomas da insuficiência cardíaca? Saiba como identificar

Quais os sintomas da insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca, como é sabido, consiste em uma condição médica crônica na qual o bombeamento de sangue para o coração não consegue suprir suas necessidades. Há diferentes razões para a condição, assim como fatores de risco para desenvolvê-la.

Na rotina hospitalar, seja em exames de rotina ou na emergência, é fundamental que o profissional saiba quais são os sintomas da insuficiência cardíaca para identificá-la corretamente.

A princípio, há condições adjacentes que levam ao quadro de insuficiência. Entre elas, doença cardíaca coronária ou valvular cardíaca, hipertensão arterial e diabetes. Como veremos adiante, há sintomas clássicos do problema como fadiga e aumento da frequência cardíaca, elementos que já ajudam no diagnóstico do problema.

Logo, o papel do médico é identificá-los corretamente e, a partir daí, orientar o paciente sobre o tratamento mais indicado. Principalmente, quando este é vinculado a alguma condição pré-existente.

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Saiba quais são os sintomas da insuficiência cardíaca

Em primeiro lugar, a insuficiência cardíaca provoca a redução no fluxo sanguíneo no coração, além de refluxo de sangue nas veias e pulmões. Consequentemente, há o enfraquecimento ou enrijecimento do órgão.

Normalmente, isso advém da inadequação no movimento de contração e relaxamento cardíacos. É importante que o profissional tranquilize o paciente de que a condição não significa que o coração parou, mas apenas que ele não consegue manter o esforço para bombear o sangue de forma adequada.

Ainda que tal explicação pareça simplista, trata-se de um esclarecimento palatável para uma condição que, de fato, é bastante complexa. Inclusive, na identificação dos sintomas da insuficiência cardíaca.

O desafio se dá, sobretudo, pela existência de pessoas assintomáticas. Nestes pacientes, os sintomas clássicos da insuficiência cardíaca podem surgir de forma repentina, principalmente, em um ataque cardíaco.

Por outro lado, há pacientes que apresentam os sintomas de forma gradual, o que significa uma evolução que vai de dias a anos.

Quais são os sintomas da insuficiência cardíaca mais comuns?

  • Dificuldade em realizar exercícios físicos ou atividades que demandem esforço;
  • Acúmulo de líquidos no abdômen, pernas e até pulmões;
  • Fadiga;
  • Falta de ar.

Além disso, em idosos, o problema costuma se apresentar sob outros sinais, por exemplo, confusão, sonolência e desorientação. Neste sentido, é bom ter em mente que, por vezes, o quadro pode até se estabilizar por determinado período. Porém, costuma evoluir insidiosa e lentamente, o que exige maior atenção do profissional da saúde.

Ademais, a gravidade da insuficiência cardíaca é classificada conforme a capacidade da pessoa em realizar atividades cotidianas. Inclusive, baseado nos sintomas acima apresentados.

Quais são os tipos de insuficiência cardíaca?

Antes de mais nada, é importante pontuar que a classificação dos tipos de insuficiência cardíaca tem, como base, a fração de ejeção (FE). Trata-se da porcentagem de sangue bombeado para medir os movimentos do coração para isso.

Só para ilustrar, o ventrículo esquerdo considerado normal injeta, aproximadamente, de 55% a 60% Sendo assim, podemos separar três categorias de insuficiência cardíaca, a saber:

  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP): o coração fica enrijecido e, assim, reduz a sua capacidade de bombear o sangue ao não relaxar após a contração. O problema é conhecido como insuficiência cardíaca diastólica;
  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER): o coração tem menor força para contrair e, assim, bombeia menos sangue. Dificuldade conhecida como insuficiência cardíaca sistólica;
  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção (ICFE): quando os sintomas apresentados estão entre as duas categorias anteriores.

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Fatores de risco de insuficiência cardíaca

Para efeitos de diagnóstico, após compreender bem quais são os sintomas da insuficiência cardíaca, o profissional precisa descobrir quais são as causas e classificá-las entre aquelas que são cardíacas e as não cardíacas. Entre as primeiras estão doença arterial, miocardite, valvulopatias, defeitos no septo ventricular e distúrbios genéticos

Entre as causas não cardíacas podemos listar, por exemplo, anemia, hipertensão, distúrbios na tireoide e insuficiência renal.

Procedimentos indicados para o paciente com insuficiência cardíaca

Em primeiro lugar, o profissional precisa classificar a gravidade da insuficiência cardíaca, conforme as limitações que ela impõe. Deste modo, temos:

  • I (sem limitações): quando não há cansaço excessivo gerado por atividades físicas comuns;
  • II (leves): quando as atividades levam a cansaço excessivo e demais sintomas da insuficiência cardíaca;
  • III (moderados): embora haja conforto durante o repouso, a pessoa apresenta extremo cansaço durante atividades físicas comuns;
  • IV (graves): sintomas apresentados tanto durante o repouso quanto em atividades, quando se intensificam.

O diagnóstico é normalmente feito mediante radiografia do tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma e exames de sangue. Confirmada a condição, o profissional deve orientar quanto ao tratamento da condição preexistente, além de outros cuidados.

Dentre as opções, é possível atuar com:

  • Medicamentos;
  • Tratamento da causa adjacente;
  • Mudanças no estilo de vida;
  • Adequação na dieta.

Em casos mais extremos, pode ser necessário implantar um cardioversor desfibrilador, além de administrar suporte mecânico circulatório ou terapia de ressincronização cardíaca. Por fim, segundo a gravidade da insuficiência cardíaca, vale recomendar um transplante do coração.

Seja qual for a causa e independente de quais são os sintomas da insuficiência cardíaca apresentados, é importante deixar o paciente ciente da complexidade do quadro. Se não identificada a tempo, a condição pode levar à morte súbita.

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Veja também: Como colocar eletrodos no paciente para monitorização cardíaca?

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