A correta interpretação do eletrocardiograma é primordial para fazer o diagnóstico da cardiopatia do paciente. Mas, antes disso, na hora de executar o exame, é necessário que o profissional saiba qual é a posição dos eletrodos no ECG para que não existam falhas. O posicionamento dos cabos é fundamental porque é por meio destes que as informações são coletadas.
Os eletrodos são os dispositivos do eletrocardiógrafo conectados ao paciente que, em contato com a pele, registram a atividade elétrica do coração. Pelo monitor do aparelho, são mostradas informações sobre átrios, ritmo e ventrículos, impulsos elétricos e válvulas cardíacas. Os dados são transmitidos em gráficos de linha.
É a partir destas informações que o cardiologista fará uma análise de possíveis alterações eletrocardiográficas para fazer o diagnóstico para depois recomendar o melhor tratamento ao paciente.
Inclusive, o novo curso do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CRM), criado pela Dra. Márcia Cristina, especialista em Cardiologia pela FCM/UPE, ajuda a capacitar os profissionais da área na leitura e interpretação das informações do ECG para fazer o diagnóstico das principais cardiopatias.
O ECG de 12 derivações, que é a forma padronizada do eletrocardiograma, precisa de dez eletrodos. Primeiro, as derivações são atividades elétricas que cada eletrodo capta e que mostram a atividade elétrica das partes do coração no exame.
Com base nesta informação, ao aprender como fazer um ECG, você verá que é necessário dividir os eletrodos em dois grupos: precordiais e periféricos.
Os eletrodos periféricos obtêm os registros frontais e, segundo a International Electrotechnical Commissio (IEC), têm cores diferentes. Ao todo, são quatro que devem ser colocados de forma que não fiquem sobre os ossos do calcanhar ou pulso.
Os seis outros eletrodos são os chamados precordiais e falaremos mais sobre eles na sequência deste conteúdo.
Primeiro, você deve se preocupar com os eletrodos periféricos, aqueles que se caracterizam pela variação de cores, segundo a IEC. A posição destes no paciente é a seguinte:
Caso o paciente tenha um dos membros amputados, o eletrodo precisa ser posicionado na extremidade mais próxima e fixado com adesivo. Por exemplo, em uma pessoa com o braço esquerdo amputado, o equipamento deve ser colocado no ombro.
Partindo para os precordiais, talvez seja o que gera mais dúvidas sobre qual é a posição dos eletrodos no ECG, uma vez que os aparelhos podem não vir com cabos coloridos. Nestes casos, o mais usual é que venham numerados de 1 a 6. De qualquer forma, eles devem ser distribuídos no tórax do paciente e seguir pelo ângulo de Louis (esternal).
Esta parte do tórax é encontrada quando o profissional tateia o centro da base da garganta, ao mexer os dedos para baixo. Quando encontrar um pequeno nódulo ósseo, conhecido como ângulo de Louis, mexa os dedos para a direita até alcançar o segundo espaço intercostal, um vão entre as costelas.
A referência para identificar a posição dos eletrodos no ECG é esta. Veja:
Além de saber a posição dos eletrodos no ECG, é importante que o profissional entenda o processo de preparação do paciente para o exame. Para isso, algumas etapas devem ser seguidas:
Para pacientes com coração do lado direito do tórax, há um protocolo específico que determina a posição dos eletrodos no ECG para estes casos. Primeiro, o profissional executa o exame da forma convencional e anota as devidas informações. Em seguida, é preciso inverter os eletrodos precordiais, alterando-as para as derivações direitas.
Na verdade, estas derivações são recomendadas tanto para pacientes com dextrocardia quanto infarto do miocárdio inferior ou suspeita do infarto de ventrículo direito. Para essas situações, a posição dos eletrodos é a seguinte:
A compreensão sobre os tipos e a posição dos eletrodos no ECG é fundamental para que haja o registro adequado no exame. Mesmo que o tema seja muito comum no universo médico, é necessário manter-se atualizado sobre as melhores práticas e evoluções que surgem na realização do eletrocardiograma.
Este foi mais um conteúdo produzido pela equipe do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDM). Quer receber novas atualizações? Siga nosso perfil no Instagram!
Para você que é da área da cardiologia, gostaríamos de convidá-lo a conhecer o curso Eletrocardiograma Avançado, criado pelo CDM. Desenvolvido pela especialista Márcia Cristina, o treinamento orienta sobre possíveis alterações no ECG e no correto diagnóstico de cardiopatias.
Você viu acima as principais informações sobre qual é a posição dos eletrodos no ECG. Veja também:
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