Residência

Qual é a diferença entre internato e residência?

diferença entre internato e residência

O processo de formação do médico tem início, como se sabe, na graduação, que tem duração de seis anos. Neste período, o estudante passa pelo internato, que funciona como um estágio obrigatório. Logo após a conclusão, o recém-formado, então, obtém o registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e atua como generalista.

Por outro lado, há mais de 50 especialidades na qual o recém-graduado pode atuar, contudo, após a devida capacitação. É a chamada residência médica, programa instituído pelo Ministério da Educação (MEC) que aprofunda os conhecimentos em áreas específicas.

É importante explicar bem esta sequência para que você consiga compreender qual é a diferença entre internato e residência.

Para ajudá-lo, abaixo vamos explicar mais detalhes sobre estas etapas de estudos. Você pode chegar à prova de residência mais preparado com o Intensivo R1 do Centro de Desenvolvimento em Medicina.

Entenda qual é a diferença entre internato e residência

O internato médico e a residência são etapas importantes na formação de um profissional da saúde. Porém, estas etapas possuem diferenças significativas em relação à duração, foco e responsabilidades do indivíduo em formação.

O internato médico é uma etapa obrigatória da graduação. Nos últimos dois anos do curso, o estudante vivencia o dia a dia do hospital e coloca em prática os conhecimentos adquiridos.

Nesse período, é supervisionado por médicos e monitores na realização de atividades práticas, por exemplo:

  • Acompanhar pacientes internados;
  • Realizar procedimentos simples;
  • Coletar histórico médico;
  • Outras atividades de rotina em uma unidade de saúde.

A residência médica, por sua vez, é uma especialização, cuja duração varia entre dois e seis anos, conforme a área escolhida. Neste período, o profissional aprofunda seus conhecimentos no setor de atuação e realiza atividades práticas mais complexas.

Só para exemplificar, as atividades abrangem:

  • Diagnósticos;
  • Procedimentos cirúrgicos;
  • Acompanhamento de pacientes graves;
  • Outras atividades de maior complexidade.

Na prática, o residente é responsável pelo atendimento de pacientes e, também, conta com supervisão de médicos mais experientes.

Para que você compreenda melhor qual é a diferença entre internato e residência, um quesito importante é a obrigatoriedade. A primeira modalidade é uma etapa obrigatória da graduação, enquanto a segunda é optativa, sendo exigida apenas ao graduado que deseja se especializar em alguma área.

Além disso, na residência, o médico em formação recebe uma bolsa-auxílio, sendo considerado um profissional de saúde em formação, com registro no Conselho Regional de Medicina.

Como funciona o internato?

Agora que você já sabe um pouco mais sobre qual é a diferença entre internato e residência, vejamos como cada uma funciona.

Inicialmente, o internato tem a duração de dois anos, como já mencionado, os últimos da graduação. O estudante é direcionado a uma instituição de saúde indicada pela universidade, geralmente por haver convênio entre ambas.

Os alunos são, então, divididos entre grupos e imergem no sistema de rodízio. Isso significa que, nestes dois anos, passarão pelas principais especialidades médicas. A duração de cada etapa varia conforme área e instituição, podendo ser de semanas a meses. O foco principal é a prática, embora o participante ainda tenha contato com alguma teoria.

De modo geral, o internato é realizado em hospitais, ambulatórios e UBS’s, desde que, neste período, haja um rodízio que inclua medicina da família e atendimento em unidades públicas. O estágio inclui, também, plantões. Nenhum procedimento é feito sem a supervisão de um médico responsável.

E a residência?

Esta é uma modalidade de certificação instituída pela Lei nº 6.932/1981,mais conhecida como a Lei da Residência Médica. Todos os programas são gerenciados pelo MEC, embora a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), vinculada à pasta, seja responsável pela regulamentação e credenciamento das instituições.

Atualmente, há programas autorizados em 55 especialidades e 59 áreas de atuação reconhecidas. Eles são disponibilizados por instituições de saúde diversas, entre universidades, hospitais públicos e privados. A duração varia de dois a seis anos, conforme a área escolhida pelo candidato.

Primeiro, o estudante passa por uma avaliação, a prova de residência, constituída normalmente por 100 questões práticas e teóricas. Quando aprovado, inicia a formação, cuja carga horária é de 60 horas semanais. Essa jornada inclui 24 horas de plantão com descanso de seis horas obrigatório logo após as 12 primeiras.

Também, é exigida uma folga semanal. O aluno tem direito a uma bolsa-auxílio. Em alguns casos, há ainda a remuneração por plantão.

Em resumo, as explicações sobre qual é a diferença entre internato e residência podem ser compreendidas como uma fase inicial da formação que é obrigatória na graduação. A segunda tem relação direta com a carreira profissional e a qualificação desejada e só pode ser iniciada após a conclusão da primeira etapa de estudos.

Este conteúdo foi criado pela redação do Centro de Desenvolvimento em Medicina (CDMED), uma nova marca de treinamentos para profissionais da saúde.

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